O governador Rui Costa explicou nesta terça-feira (12) a decisão de retirar a obrigatoriedade do uso de máscara na Bahia e falou sobre os dois indicadores que estão sendo observados e que podem levar, em caso de piora, a um recuo na questão.
“Sempre trabalhamos, desde o primeiro dia da pandemia, ouvindo os cientistas, os médicos, a secretaria de saúde, e tínhamos fixado um indicador, que era ocorrer simultaneamente a redução abaixo de mil contaminados (com a covid-19) na Bahia e a redução abaixo de cem pacientes em UTI. Esses dois índices simultaneamente ocorreram nesse último final de semana. Estamos com cerca de 800 e poucos casos ativos e estamos com cerca de 80 pacientes em UTI”, destacou o governador, que esteve no Parque de Exposições, em Salvador, para entrega de máquinas agrícolas e lançamento do Plano Estadual para a Economia de Hidrogênio Verde.
Rui ressaltou que apesar do uso não ser mais obrigatório, exceto em unidades de saúde, quem preferir pode continuar mantendo o uso da máscara. “Pessoas que têm idosos em casa, crianças com algum tipo de problema de saúde, a recomendação é que as pessoas que desejarem se proteger ainda mais, podem continuar usando, não tem nenhuma vedação. Assim como profissionais de shopping. Não tem obrigação de usar. Mas se as pessoas, por estarem em lugar confinado o dia inteiro, elas desejam manter sua proteção, podem continuar”, destacou.
Segundo o governador, as autoridades vão continuar atentas aos números da pandemia para tomar ações. “O que faria retomar (o uso de máscaras) é se houver subida simultânea desses dois indicadores: pacientes em UTI e contaminados. Se subissem bastante, levaria a retomar de novo, porque significaria o início de um novo pico. Para evitar isso, recomendamos que as pessoas completem seu esquema vacinal. 1ª, 2ª, 3ª dose, agora a 4ª para os mais idosos. É preciso reforçar a vacinação para garantir que não teremos a doença de volta”, disse ele, fazendo um apelo à população.
Até agora, só 15% das crianças de 5 a 11 anos se vacinaram com a segunda dose na Bahia. Os leitos pediátricos do estado estão com ocupação em 73%, mas Rui minimizou esse número. “Nessa situação da pandemia hoje, vale pouco a ocupação. Os leitos foram muito reduzidos. E vamos continuar reduzindo. Então quando reduz muito, a taxa de ocupação fica alta mesmo com poucos pacientes. Evidente, incentivamos que as pessoas se vacinem, mas não tenho preocupação, os técnicos não apontam preocupação, sobre nenhum público no curto e médio prazo na Bahia, nem criança, nem adulto. O que a gente pede, volto a repetir, é que as pessoas completem seu ciclo vacinal”, acrescentou.
Além da obrigatoriedade das máscaras continuar mantida em qualquer unidade de saúde, seja pública ou privada, o decreto do governo estadual recomenda o uso em transportes públicos de massa e de longa direção.
São João
O governador falou também sobre o São João, afirmando que vai ajudar os municípios a organizarem a festa, depois de dois anos sem o festejo, por conta da pandemia.
“A história conta que o povo do nosso estado que mora fora, viajou para trabalhar em São Paulo, Minas no Rio, a época do ano que eles mais retornam ao estado para visitar seus parentes, relembrar sua vida no interior da Bahia, é na época do São João. As pessoas imaginam que o Carnaval é a maior festa da Bahia, não é, é o São João. Seja em festas simultâneas ou número de pessoas participando. E nós vamos ajudar os municípios a fazer essa festa, com credenciamento que vamos abrir essa semana e contratação de artistas para os principais municípios. Santo Antônio, São João e São Pedro. Além da alegria, da dança, isso tem impacto na economia”, avaliou Rui.
Fonte: Correio 24 Horas
Comente esta matéria