A suinocultura paranaense esboçou uma reação no segundo semestre de 2022. A leve queda registrada nos custos e a tímida melhora nos saldos deram um respiro à atividade, que reduziu perdas acumuladas ao longo dos últimos dois anos.
Ainda assim, o setor permanece no vermelho, principalmente na terminação, que apresentou resultados na contramão das demais fases.
É o que revela o levantamento dos custos de produção realizado no início de novembro pelo Sistema FAEP/SENAR-PR junto às três principais regiões produtoras do Paraná: Sudoeste, Oeste e Campos Gerais.
Levantamento
O levantamento foi feito a partir da metodologia de painel de custos, em que suinocultores, revendedores de insumos, representantes de agroindústrias e de instituições financeiras se reúnem para apurar o desenvolvimento de uma propriedade modal – com as características mais comuns na região.
O estudo levou em conta cinco modalidades produtivas. Unidade Produtora de Desmamados (UPD), Unidade Produtora de Leitões (UPL), Crechário (UC) e Unidade Produtora de Terminados (UPT), além de ciclo completo. Nesta última houve a participação apenas de produtores independentes.
Dessa forma, os suinocultores que se dedicam às fases UPD, UPL e UC observaram a redução dos custos operacionais e totais. Com isso, esses produtores conseguiram ficar no azul no que diz respeito ao saldo dos custos variáveis (valor que o produtor precisa desembolsar para produzir um lote).
No entanto, essas modalidades permanecem no vermelho em relação ao saldo dos custos operacionais (que levam em conta a depreciação das plantas e equipamentos) e ao saldo dos custos totais (que considera, ainda, a remuneração sobre o capital investido).
O prejuízo da suinocultura diminuiu em relação ao apontado pelo levantamento anterior (realizado em maio), mas ainda deixa o produtor com dificuldade de se manter na atividade no médio e longo prazos.
Fonte: Canal Rural
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