Dois em cada três estudantes universitários brasileiros (65%) afirmam sentir ansiedade diariamente, segundo uma pesquisa global realizada pela Chegg.org, o braço sem fins lucrativos da empresa de tecnologia educacional Chegg.
Foram ouvidos mais de 11 mil estudantes universitários de 18 a 21 anos em 15 países, incluindo 1.010 estudantes no Brasil.
A porcentagem de estudantes que sofre com ansiedade diariamente no Brasil é a segunda maior dentre os países participantes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (68%).
A maioria dos estudantes brasileiros (59%) também afirmou não dormir o suficiente. E quase metade (47%) disseram não estar sendo capazes de manter hábitos saudáveis, mesmo que apenas 10% considerem estar mantendo hábitos que não sejam saudáveis.
Dentre os ouvidos, 34% dos estudantes brasileiros também disse ter problemas em conhecer novas pessoas e fazer novos amigos.
No entanto, dentre todos os países, os estudantes brasileiros foram os que menos declararam ter sofrido burnout acadêmico, com apenas 15%. Na Coreia do Sul, esta porcentagem chega a 70%.
A pesquisa também questionou aos estudantes se eles consideravam seu país um bom lugar para se viver, 66% dos brasileiros disseram que sim, 17% foram indiferentes e 17% respondeu que não.
Desejo de preços mais baixos
A pesquisa também destaca o desejo dos estudantes brasileiros por mensalidades mais baixas, com mais da metade (53%) concordando que prefeririam que sua universidade oferecesse a opção de mais aulas online se isso significasse pagar mensalidades mais baratas.
Além disso, 58% dos estudantes também disseram preferir que o diploma universitário fosse concluído em menos tempo, desde que isso significasse pagar menos pela faculdade.
Mesmo assim, 7 em cada 10 brasileiros afirmaram que consideram o dinheiro com a graduação bem gasto.
Uso de inteligência artificial nas universidades
A pesquisa também questionou os estudantes universitários sobre o uso de inteligência artificial (IA) durante os estudos.
Quatro em cada dez estudantes no mundo declarou usar IA em seus estudos universitários. No Brasil, a porcentagem foi ainda maior, com 52%.
Dentre os estudantes que disseram usar inteligência artificial no Brasil, os principais objetivos são: entender conceitos ou matérias (59%), gerar rascunhos de trabalhos (53%) e pesquisar conteúdo para trabalhos ou projetos (52%).
As principais justificativas dos brasileiros para o uso da ferramenta são: aprender mais rápido (53%), liberar mais tempo livre (45%) e fazer um uso mais criativo da aprendizagem (44%).
Metade dos estudantes brasileiros acredita que as universidades deveriam promover o uso de ferramentas de inteligência artificial para auxiliar nos trabalhos. Enquanto 44% acredita que o seu uso deveria ser limitado, e apenas 7% acha que o uso de IA deveria ser banido nas universidades.
Mesmo a favor do uso, 48% dos estudantes que usam IA no Brasil se disseram preocupados com a possibilidade de receber uma resposta incorreta ou informação errada das ferramentas.
Fonte: CNN
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