Com dólar e Chicago apresentando bons ganhos, os preços da soja dispararam nesta quarta no mercado brasileiro. Houve registro de negócios entre R$ 171 e R$ 173 a saca nos portos de Rio Grande e Paranaguá.
A movimentação melhorou e Safras & Mercado calcula que ao menos 150 mil toneladas trocaram de mãos. “O produtor está aproveitando o bom momento para se desfazer da soja antes da colheita”, informou o analista da consultoria, Evandro Oliveira.
Chicago e a soja
Os contratos futuro da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mais altos. Sinais de demanda aquecida e preocupações com a inflação nos Estados Unidos colocaram as cotações nos melhores níveis em quase sete semanas.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou nova venda de 132 mil toneladas de grãos por parte de exportadores privados para a China. Mais 30 mil toneladas de óleo foram negociadas para a Índia. Foi o quarto dia seguindo com anúncio de vendas.
Nesta quinta (18), o USDA divulga o relatório semanal de exportações. O mercado aposta em um número entre 1 milhão e 1,8 milhão de toneladas. Outro fator de sustentação continua sendo o desempenho global dos óleos vegetais em meio a um aperto na oferta mundial.
Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com alta de 25,75 centavos de dólar por bushel ou 2,05% a US$ 12,77 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 12,88 1/4 por bushel, com ganho de 25,00 centavos ou 1,97%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 7,20 ou 1,95% a US$ 374,70 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 59,23 centavos de dólar, com alta de 0,06 centavo ou 0,10%.
Câmbio
O dólar comercial fechou em R$ 5,5260, com alta de 0,49%. A moeda norte-americana foi fortemente pressionada pela situação fiscal doméstica, tendo a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios como protagonista, mantendo uma situação de incertezas que se arrasta há meses.
Fonte: Canal Rural
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