O Governo do Distrito Federal (GDF) declarou situação de emergência na saúde pública na última quinta-feira, por conta do aumento expressivo de casos de dengue na capital. A situação é um alerta para o resto do país. Em 2023, Salvador passou por uma epidemia da doença, que contou com mais de 12 mil casos e registro de óbitos, conforme informações do Centro de Controle de Zoonoses (CZZ). A redução de 33,5% no número de casos no estado nesse início de ano – de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) -, e a iminente chegada das vacinas à Bahia são um alento, mas a dengue segue como tema em atenção.
De acordo com dados da Sesab, no período de 31/12/2023 a 20/01/2024 foram notificados 1.534 casos prováveis de dengue no estado. No mesmo intervalo de tempo em 2023, foram notificados 2.307 casos prováveis. Não há óbito confirmado neste período no Sistema de Notificação de Agravos e Notificações (SINAN). A técnica da coordenação de imunização da Sesab, Akemi Erdens, afirma que a dengue sempre preocupa, porque o Brasil é endêmico para a doença.
“ A gente tem um clima perfeito para o Aedes aegypti e o aquecimento global tem cada vez mais dificultado o controle do mosquito”. A expectativa é alta para a chegada da vacina, prevista para início de fevereiro, segundo Akemi Erdens. Os imunizantes vão ser distribuídos para 115 municípios da Bahia selecionados pelo Ministério da Saúde e serão destinados para a população da faixa etária de 10 a 14 anos de idade. A técnica da Sesab explica a escolha deste público prioritário.
“O objetivo da vacinação sempre é diminuir casos graves, hospitalizações e óbitos. Analisando os dados dos últimos anos, se percebeu que depois dos idosos, a faixa etária que tinha maior número de hospitalizações (de maneira proporcional) era essa. Como a vacina não é licenciada no Brasil para idosos, então foi escolhida a população entre 10 e 14 anos”.
O Brasil foi o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público. O Ministério da Saúde incorporou a vacina contra a dengue em dezembro de 2023.
Prevenção
Mesmo a chegada das vacinas é importante manter os cuidados de combate ao Aedes aegypti. Conforme Akemi Erdens a vacina não protege contra outras doenças causadas pelo mosquito, como a chikungunya ou o zika vírus. Por isso, as ações preventivas permanecem no controle das arboviroses, que se reproduzem em águas paradas. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) segue com as inspeções.
Fonte: A Tarde
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