Participante de Recife conquistou os técnicos com seu carisma e talento e escolheu o Time Mumuzinho; confira entrevista exclusiva
Com sorriso largo no rosto e olhos sonhadores, Tereza Cristina chegou para sua estreia no palco do ‘The Voice +’. Aos 64 anos, a participante de Recife é pura alegria, isso porque ela passou a vida sendo proibida de cantar e, hoje, finalmente, conquistou sua liberdade de ser e fazer o que quiser. A doméstica se encheu de coragem e determinação e, com apoio dos irmãos, se inscreveu no reality musical. E com seu talento e carisma, virou duas cadeiras e agora integra o Time Mumuzinho.
“Você estava muito à vontade, muito entregue à interpretação da música. Fiquei muito feliz, muito apaixonado pela sua voz”, elogiou Mumuzinho.
Em conversa com o Gshow, Tereza contou um pouco da sua história com a música e lembrou momentos difíceis, mas que não acabaram com seu sonho de cantar:
“Às vezes, me belisco, nem acredito que é verdade que estou aqui, porque o sonho de ser cantora vem desde criança, mas fui proibida pelo meu pai, depois, pelo marido. Hoje, estou feliz em poder estar aqui.”
Sua inscrição no ‘The Voice +’ foi feita por familiares que acreditam no talento da participante:
“Uma irmã minha me ligou e disse que ia ter ‘The Voice’ para terceira idade e falou para eu me inscrever. Disse que não, porque achava que não era para essas coisas. É a primeira vez que vou cantar para um público grande. Mas, como quem não arrisca, não petisca, ela, junto com meu outro irmão, me inscreveram, e caminhei conforme eles foram mandando.”
Formada em contabilidade, Tereza nunca exerceu a profissão, assim como adiou todos os seus sonhos na música, por conta do pai e do marido. Viúva há cerca de 9 anos, a participante abraçou sua liberdade e começou a voar voos mais altos.
“Sempre gostei de cantar. Cresci com minha mãe cantando dentro de casa enquanto arrumava a casa e lavava os pratos. Mas comecei a cantar para o público, não faz muito tempo. Tem uns 5/6 anos. Nas igrejas católicas, canto há mais de 27 anos. Agora, tô aqui aproveitando essa chance. Só por estar aqui, estou feliz.”
Fui doméstica a vida toda, por conta do marido que não deixava eu trabalhar, e eu obedecia. Aprendi violão por minha conta, teclado a mesma coisa.
Quem a vê toda sorridente, nem imagina, mas foram 36 anos calada, cuidando da casa e dos filhos. Hoje, as crianças cresceram e seu único compromisso é com ela mesma:
“Me sinto livre para fazer o que quiser.”
Questionada sobre um ídolo com quem deseja compartilhar o palco, ela é taxativa:
“Alcione. Sou vidrada nela. Se isso acontecer, vai ser mais um sonho.”
Fonte: Gshow
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