Com o início dos trabalhos de colheita em áreas pontuais, um novo corte foi projetado na área semeada com arroz na safra 2022/23. “O período prolongado de baixa pluviosidade e altas temperaturas no início de 2023 no estado do Rio Grande do Sul resultaram no abandono de áreas plantadas e na diminuição da produtividade”, explica o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira.
A área plantada com arroz no Brasil na temporada 2022/23 foi estimada em 1,584 milhão de hectares, o que representa um decréscimo de 5,9% em relação à da safra anterior. Na última estimativa, divulgada em 24 de novembro, estava prevista em 1,601 milhão de hectares. A produtividade média deve somar 6.541 quilos por hectare, ante 6.516 quilos em 2021/22.
A situação é particularmente crítica nas regiões da Fronteira Oeste e Central do Rio Grande do Sul, as quais somam pelo menos 14 mil hectares de arrozais já abandonados. “O município de Uruguaiana, maior produtor brasileiro do cereal, registrou o mês de janeiro mais seco dos últimos 43 anos, com míseros 16,8 milímetros de volume de chuvas, ou cerca de 12% da média mensal”, exemplifica Oliveira.
Entre os principais estados produtores, destaque para o Rio Grande do Sul, o qual possui a maior área semeada no país e deverá ter um corte de aproximadamente 9%, sendo estimada em 871,2 mil hectares.
Diante disso, a produção brasileira do cereal deverá sofrer um impacto maior do que o projetado anteriormente, sendo estimada em 10,366 milhões de toneladas, ante 10,621 milhões previstos em novembro. A safra 2021/22 está projetada em 10,977 milhões de toneladas.
Fonte: Safras & Mercado
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