Entre 2010 e 2021 foram registrados 39.037 acidentes de trabalho na Bahia, 1.133 em 2010 e chegando a 6.469 em 2021, um crescimento de 470% no período. As informações são da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab).
Só em Salvador, 32% do total desses casos foram registrados, isto é, 12.382 trabalhadores morreram na capital, em pleno exercício da atividade profissional em apenas 10 anos.
Homens representaram 86% dos acidentes/registros. A idade mais prevalente é entre 30 a 39 anos, com 29% dos registros. 37,5% dos trabalhadores que se acidentaram nesse período estão na informalidade. Apesar de 3.311 notificações sem registro de ocupação, os trabalhadores da produção de bens e serviços tiveram 15.796 acidentes (40%), seguidos pelos trabalhadores agropecuários com 16% dos registros.
As maiores frequências de AT são observadas para pedreiros (9,6%), trabalhadores agropecuários (8,3%) e soldadores (8,1%). Os acidentes com maior frequência de incapacidade parcial e total estão registrados para soldadores (7,2%), operadores de máquinas fixas (4%) e pedreiros (1,7%). Já os motoristas de caminhão (9,6%), pedreiros (9,4%) e trabalhadores agropecuários (9,3%) são os mais atingidos por acidentes fatais.
No banco de dados da Previdência Social são registrados apenas os acidentes ocorridos com trabalhadores segurados com vínculos pela CLT, que são menos de um terço dos trabalhadores no estado.
Na Bahia, nos anos 2018 a 2020 foram registrados 31.552 casos de acidentes de trabalho entre trabalhadores segurados da Previdência Social (empregados celetistas segurados do INSS), sendo 81,0% acidentes típicos e 19,0% de trajeto; 68,8% entre homens e 31,1% entre mulheres.
Os sistemas de informações do SUS, Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) e SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade) registram os casos (leves, graves e/ou com óbito) para todos os trabalhadores, independentemente do tipo de vínculo no mercado de trabalho.
Fonte: Bahia Notícias
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