A Bahia é o terceiro estado do Brasil com o maior número de roubo e furto dede cabos de telecomunicações no primeiro semestre de 2023. Foram 296.130 metros de cabos roubados, uma alta de 188,5% em relação ao primeiro semestre de 2022 e de 117,7% na comparação com o segundo semestre do ano passado. Os dados são da Conexis Brasil Digital, entidade que representa as maiores operadoras de telecomunicações do país.
Ainda segundo a entidade, a nível nacional, foram 2,89 milhões de metros de cabos de roubados ou furtados no primeiro semestre de 2023. O volume representa uma alta de 21,4% em relação ao segundo semestre de 2022 e de 23,5% em relação ao primeiro semestre do ano passado. São Paulo, Paraná e Bahia são os estados mais afetados pelo problema
O volume de cabos roubados e furtados no primeiro semestre deste ano no Brasil aumentou 21,4% em relação ao segundo semestre de 2022, quando foram roubados 2,38 milhões de metros, e 23,5% em relação ao primeiro semestre do ano passado, quando o volume chegou a 2,34 milhões de metros.
O furto, roubo, o vandalismo e, também, a receptação de cabos e equipamentos causam prejuízo direto para milhões de consumidores, que ficam sem acesso a serviços importantes para o dia a dia, e para as empresas, que precisam repor esses equipamentos. As ações criminosas comprometem ainda os serviços de utilidade pública como polícia, bombeiros e emergências médicas.
“Estamos vendo um movimento de aumento dessas ações criminosas, o que preocupa muito o setor. A conectividade é cada dia mais importante na vida das pessoas e esses crimes não podem mais ser vistos como de menor gravidade”, afirmou a diretora de Relações Institucionais e Governamentais e de Comunicação da Conexis Brasil Digital, Daniela Martins.
Combate
O setor de telecomunicações tem defendido uma ação coordenada de segurança pública envolvendo o Judiciário, o Legislativo e o Executivo, tanto o federal quanto os estaduais e municipais, e a aprovação de projetos de lei que aumentem as penas desses crimes e ajudem a combater essas ações criminosas.
“O setor vem defendendo a implementação de políticas públicas de combate aos furtos, roubos e receptação de cabos e equipamentos. Um ponto considerado essencial pelo setor é a aprovação do PL 5846/16 e do PL 4997/2019, que tipificam e aumentam a punição para esses crimes que tanto prejudicam o cidadão”, completou Daniela Martins. Ainda segundo ela, o setor pede ainda o avanço de projetos de lei e ações dos governos que tratem com mais dureza, não apenas sob a ótica penal, as empresas que fazem a receptação dos materiais subtraídos por meio de ações criminosas.
O setor também defende a punição de empresas que compram equipamentos furtados ou roubados, além da mudança da regra que penaliza as operadoras quando o serviço é interrompido em decorrência do crime.
Fonte: A tarde
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