Os números da vacinação infantil no Brasil estão preocupando as autoridades de saúde do país. Isso porque foi identificada uma queda na aplicação de vacinas essenciais para os pequenos, como a BCG, a tríplice bacteriana e as contra a hepatite B e a poliomielite, todas com taxas de cobertura menores que médias mundiais.
O problema foi identicado através de um relatório global da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF), divulgados na última semana. Segundo o estudo, para o ano de 2021, a OMS e o Fundo levaram em conta informações de 177 países, incluindo o Brasil, e concluíram que, no mundo todo, os dados mostram o maior retrocesso contínuo na vacinação infantil em 29 anos. No nosso país, os números apontam um panorama preocupante.
“É um quadro dramático. [Nesse relatório da OMS], nós estamos entre os 10 piores países do mundo em vacinação, ao lado do Haiti e da Venezuela, países que tem dificuldades econômicas enormes e não têm um programa tão organizado como o nosso”, lamenta Carla Domingues, epidemiologista e ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
A vacina BCG é umas das primeiras da vida. Ela é indicada horas após o nascimento até no máximo antes da criança completar os 5 anos de idade, e protege contra formas graves da tuberculose, como a meníngea e miliar, complicações que podem levar à morte. No Brasil, embora tenhamos tido uma certa recuperação em 2018, a taxa de imunização da BCG vem caindo consideravelmente desde 2019.
Fonte: Bolavip Brasil
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