Ontem (27), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) reportou que o volume exportado de carne bovina atingiu 107,4 mil toneladas até a quarta semana de março/23. No ano anterior, o volume total exportado no mês de março ficou em torno de 169,1 mil toneladas em 22 dias úteis.
A média diária exportada na quarta semana de março ficou em 5,9 mil toneladas e teve uma queda de 22,3%, frente ao observado no mês de março do ano anterior, que ficou em 7,6 mil toneladas. Já no comparativo semanal, a média diária teve um recuo de 14,49%, frente à semana anterior que estava em 6,9 mil toneladas.
O desempenho das exportações de carne bovina na quarta semana estão refletindo a saída da China das compras após a divulgação do caso de Vaca Louca no Pará. De acordo com o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os dados das exportações têm um atraso de 30 a 40 dias. “Devemos seguir com essa defasagem dos resultados até o final de abril”, comentou ao Notícias Agrícolas.
O preço médio do produto na quarta semana de março ficou de US$ 4.825 mil por tonelada, na qual teve uma queda de 18,3% frente aos dados divulgados em março de 2022, em que os preços médios registraram o valor médio de US$ 5,904 mil por tonelada.
O valor negociado para o produto na quarta semana de março ficou em US $ 518,593 milhões, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de março do ano anterior foi de US$ 998,592 milhões. A média diária ficou em US $ 28,810 milhões e registrou uma queda de 36,5%, frente ao observado no mês de março do ano passado, que ficou em US$ 45,390 milhões.
Na última quinta-feira (23), a China anunciou a retomada das compras de carne bovina do Brasil, após suspender as importações desde 22 de fevereiro, quando foi detectado um caso atípico de mal da vaca louca em uma pequena propriedade no sudeste do Pará.
Segundo as informações da Consultoria Efficienza, é previsto que a demanda chinesa por carne bovina continue aumentando em 2023, resultando em um total de 3,52 milhões de toneladas. Esse número representa um crescimento esperado de 2% em relação ao volume importado em 2022.
“O Brasil é um grande exportador de carne bovina para a China, e a suspensão das exportações impactou negativamente o setor. A retomada é fundamental para o país continuar sendo um importante fornecedor de proteína animal para o mercado chinês”, afirmou o executivo.
Fonte: Notícias Agrícolas
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