O produtor de milho tem recebido um bom valor pela saca nos últimos dias no País porque as exportações do cereal continuam aquecidas e a oferta se mantém restrita, aponta em relatório o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). Além disso, “alguns compradores têm sinalizado interesse em recompor estoques”, acrescenta.
Importadores têm buscado o milho brasileiro por causa da guerra na Ucrânia e das incertezas quanto aos embarques do grão pelo Mar Negro, em razão do conflito. “Mesmo com a melhora no ritmo de colheita nos Estados Unidos, compradores estão atentos também à redução da oferta na União Europeia e na China, que foram atingidos pela seca e registram problemas com a logística – incluindo os embarques pelo Mar Negro”, diz o centro de estudos. “Além disso, a falta de chuvas nas últimas semanas na Argentina também pode reduzir o potencial produtivo das lavouras.”
Todos esses fatores contribuem para a firmeza das cotações internas, aponta o relatório. Entre 13 e 20 de outubro, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços no mercado e lotes (negociações entre empresas) subiram 0,4%, mas no mercado de balcão (preço recebido pelo produtor), caíram 0,2%. No acumulado do mês, as altas são de 0,6% e de 0,1%, respectivamente.
Na região de Campinas (SP), o indicador Cepea para o milho subiu 0,9% de 13 a 20 de outubro, indo para R$ 85,21 por saca de 60 quilos na quinta-feira (20). Na parcial do mês, o indicador também avançou 0,9%.
Fonte: Estadão Conteúdo
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