Além de anunciar sua decisão de política monetária, o Fed também divulgará ao fim de seu encontro desta semana uma série de projeções econômicas, que incluirão sua visão para o patamar dos juros básicos ao fim do atual ciclo de aperto.
“Com os bancos e corretoras elevando suas estimativas após o CPI (dado de inflação ao consumidor) da semana passada, sendo que alguns economistas já citam a possibilidade de um juro a 6% no final do ciclo, a previsão do Fed será de suma importância para a ancoragem das expectativas com os juros”, disseram estrategistas da Guide Investimentos em nota a clientes.
Quanto mais agressivo for o Fed em seu encontro desta semana, mais o dólar tende a se beneficiar globalmente, conforme os retornos da renda fixa norte-americana ficam mais atraentes e, ao mesmo tempo, crescem os temores de que condições muito restritivas nos EUA levem a economia a uma recessão.
“Esperamos, portanto, que o rali do dólar continue, mesmo que as moedas de maior qualidade do câmbio latino-americano possam continuar a ter um desempenho superior devido ao ‘carry’ (retorno de taxa de juros).”
O real tem sido destacado por várias instituições financeiras como uma dessas moedas que tem se saído melhor entre os mercados emergentes por oferecer retornos atraentes em estratégias de “carry trade”, que consistem na tomada de empréstimo em um país de juro baixo e aplicação desse dinheiro numa praça mais rentável.
A moeda norte-americana fechou a última sessão, na sexta-feira, em alta de 0,41%, a 5,2609 reais, maior cotação para encerramento desde 3 de agosto (5,2781 reais).
Fonte: Reuters
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