O dólar opera novamente em queda nesta segunda-feira (4), abaixo de R$ 4,65, em dia marcado por perspectiva de novas sanções contra a Rússia e cautela local devido à greve dos servidores do Banco Central.
Às 9h55, a moeda norte-americana caía 0,80%, cotada a R$ 4,6294. Na mínima até o momento, chegou a R$ 4,6289. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 1,94%, a R$ 4,6668 – menor patamar de fechamento desde 10 de março de 2020 (R$ 4,6447). No acumulado do ano, tem baixa de 16,29% frente ao real.
O que está mexendo com os mercados?
No exterior, os investidores aguardavam mais sanções ocidentais depois que a Ucrânia acusou a Rússia de crimes de guerra. Os preços do petróleo subiam ao redor de 1%.
A confiança do investidor na zona do euro caiu para a mínima em quase dois anos em abril, mostrou uma pesquisa nesta segunda-feira, indicando o risco do início de uma recessão no segundo trimestre.
Por aqui, a agenda da semana inclui a divulgação da inflação oficial de março.
Por conta da greve dos servidores do Banco Central, não foi divulgado nesta segunda-feira o boletim Focus, com as (estimativas do mercado para inflação, PIB, taxa de juros e câmbio.
O recuo do dólar frente ao real em 2022 tem sido favorecido pela disparada nos preços das commodities e juros em patamares mais elevados no Brasil. O Brasil possui atualmente a segunda maior taxa de juros reais no mundo, atrás somente da Rússia.
O movimento do dólar também é um reflexo do maior fluxo de capital estrangeiro para o país devido ao diferencial de juros com o exterior e perspectiva de que o Banco Central irá promover novas elevações na taxa Selic para tentar controlar a inflação. Juros mais altos no Brasil tornam a moeda local mais interessante para investidores que buscam rendimento em ativos mais arriscados.
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