O mercado cambial brasileiro teve um dia de estabilidade nesta sexta-feira, influenciado principalmente pelo cenário externo. Os investidores estavam atentos aos discursos dos dirigentes do Federal Reserve (Fed) e à queda das expectativas de inflação. O dólar encerrou o dia praticamente estável, com uma queda de 0,08% em relação ao real, cotado a R$ 4,9268. Com isso, o câmbio interrompeu uma sequência de quatro sessões consecutivas de depreciação. No acumulado da semana, o dólar teve uma alta de 1,44% em relação ao real, resultado da reprecificação nos mercados globais sobre o início do ciclo de ajuste da política monetária do Fed. No início da semana, os futuros dos Fed funds indicavam uma alta probabilidade de corte nos juros americanos já em março, mas essa chance caiu para 47,4% ao longo da semana. Isso se deve aos dados acima do esperado nos EUA e às declarações mais duras dos dirigentes do Fed.
Por outro lado, a queda das expectativas de inflação nos EUA ajudou a estabilizar a desvalorização do real. Após atingir a máxima de R$ 4,9389 durante o dia, o dólar perdeu força e operou próximo à estabilidade durante a tarde. O cenário global de risco tem prevalecido desde a última reunião do Fed, quando o comitê revelou projeções de mais cortes na taxa de juros. No entanto, ainda existem obstáculos que podem trazer fatores de depreciação e volatilidade ao longo de 2024, como questões fiscais domésticas, incerteza em relação ao El Niño e eleições municipais.
Fonte: Jovem Pan
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