Uma nova pesquisa indica que uma dose de reforço da vacina da CoronaVac contra a Covid-19 não é suficiente para gerar proteção forte contra a variante Ômicron. O imunizante da farmacêutica Chinesa também é utilizado no Brasil e fabricado no Instituto Butantan, mas a pesquisa foi feita com a versão produzida no país asiático.
O estudo foi conduzido pela Universidade de Hong Kong. Os resultados são preliminares e ainda devem passar por revisões. A recomendação dos pesquisadores é que quem foi imunizado com a CoronaVac receba uma dose de reforço de uma vacina diferente, como vem ocorrendo aqui no Brasil.
CoronaVac contra a Ômicron
Recentemente, a Sinovac divulgou uma pesquisa interna em que o resultado mostrou que 94% das pessoas que receberam três doses geraram anticorpos neutralizantes contra a cepa, mas o nível dessa proteção não foi revelado.
No caso do estudo de Hong Kong, os cientistas utilizaram estudos publicados na revista Nature para estabelecer uma quantidade mínima de anticorpos para que o imunizante seja considerado eficaz contra a doença.
Duas doses da vacina da Pfizer, a Comirnaty, também foram insuficientes para gerar proteção total contra a nova Cepa. No entanto, com o reforço, o imunizante obteve a eficácia necessária para combater a variante Ômicron.
No geral, a pesquisa examinou a produção de anticorpos neutralizantes de vírus no sangue de pessoas vacinadas com as duas vacinas atualmente em uso em Hong Kong. Duas doses de qualquer imunizante (dos dois testados) não foram suficientes para combater a variante Ômicron.
O estudo ainda precisa passar por revisões. A Sinovac ainda não se pronunciou. A fórmula testada é a Chinesa, ainda não é possível saber se os resultados com o imunizante feito no Brasil são os mesmos. A orientação do Ministério da Saúde é que a CoronaVac não seja usada como dose de reforço.
Fonte: Olhar digital
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