O diabetes é uma doença que acomete a um grande número de pessoas no Brasil. No púbico feminino a incidêndia ocorre devido a dois fatores, coforme pontua o ginecologista Jorge Valente: maior resistência insulínica e aumento do tecido adiposo corporal. “Durante a menopausa a redução do metabolismo e da produção de hormônios femininos resultam em uma maior dificuldade de controle de peso, podendo resultar em obesidade – que é um fator de risco para a resistência insulínica. Além disso, neste período, o corpo feminino deixa de produzir o estrógeno e a progesterona, hormônios que atuam como auxiliares no controle da insulina. Com isso, é possível que passem a apresentar instabilidade nos níveis de açúcar no sangue”, ressaltou o médico.
Segundo o médico, são inúmeros os fatores que mostram que manter os níveis hormonais em equilíbrio contribui para a redução dos riscos não só do diabetes, mas também da hipertensão, depressão, obesidade e de doenças cardiovasculares. “Vários estudos na literatura mostram o aumento da incidência destas doenças com a queda dos hormônios. Por exemplo, o estrogênio é o principal sensibilizador do receptor de insulina, ou seja, garantir que a mulher mantenha a taxa indicada deste hormônio pode resultar na prevenção e/ou redução da chance de ela vir a desenvolver diabetes. O estrogênio também reduz o risco de doença cardiovascular, já que ele aumenta a produção de óxido nítrico na coronária, que é o nosso principal vaso dilatador”, explicou Valente.
Embora existam diversas evidências dos benefícios da terapia de reposição hormonal para a prevenção e tratamento de doenças durante a menopausa, o especialista lembra que a mesma só deve ser realizada se houver indicação médica.
Fonte: A Tarde
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