Seguindo os passos do ex-prefeito Francisqueto, o atual gestor Flauzino tem dado continuidade a obras de pavimentação no município. No entanto, moradores e especialistas têm levantado preocupações sobre a ausência de infraestrutura de drenagem pluvial adequada nessas intervenções.
Assim como na gestão anterior, os novos calçamentos não vêm acompanhados de redes pluviais eficientes, o que agrava ainda mais os problemas históricos de alagamentos em vários pontos da cidade. Em dias de chuvas intensas, o que se vê são corredeiras descendo ruas recém-pavimentadas, invadindo casas e dificultando a mobilidade urbana.
Moradores de bairros afetados relatam que, em algumas localidades, os transtornos se intensificaram após a conclusão das obras de calçamento. “Antes, a água empoçava e era absolvida pelo solo, agora ela simplesmente desce com força, levando tudo pela frente. Fizeram a rua, mas esqueceram de onde a água vai passar”, afirmou um morador de uma das localidades.
A repetição da estratégia adotada por Francisqueto — priorizando o calçamento sem considerar a engenharia de drenagem urbana diante das maiorias das obras executadas, mesmo com algumas intervenções pontuais — levanta questionamentos sobre a efetividade dessas obras a médio e longo prazo. Sem uma rede pluvial planejada, o que deveria ser uma melhoria pode se tornar mais um agravante para os já recorrentes problemas causados pelas chuvas.
Conforme relatos, a comunidade cobra um plano integrado de urbanização que contemple, além do calçamento, soluções reais para escoamento da água. “Não se pode tapar o sol com a peneira. Pavimentar é importante, mas sem drenagem é dinheiro público escorrendo com a chuva e nos trazendo prejuízo”, criticam moradores em redes sociais principalmente em tempos chuvosos.
Enquanto isso, moradores seguem apreensivos a cada nova previsão de temporal, temendo que a próxima chuva traga novamente as cenas de destruição que se tornaram comuns nos últimos anos.
Por: Alirio Junior/JNHOJE
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