O número de casos de gripe aviária (H5N1) em aves no Brasil subiu para 19. No estado do Espírito Santo, foram registrados mais quatro focos, sendo três no município de Marataízes – nas espécies Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Thalasseus maximus (trinta-réis-real) e Nannopterum brasilianum (biguá) – e um no município de Guarapari – em trinta-réis de bando. Os outros dois focos foram no estado do Rio de Janeiro, ambos na espécie Thalasseus acuflavidus.
Entre os 13 casos confirmados por laboratório anteriormente, estão nove no estado do ES, nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares, Itapemirim, Serra e Piúma, três casos no estado do Rio, em São João da Barra, Cabo Frio e Ilha do Governador, e um no sul do Rio Grande do Sul.
Na quinta-feira (1º), o Ministério da Agricultura e Pecuária também confirmou a detecção do vírus da influenza aviária de baixa patogenicidade (H9N2) em um pato de vida livre, da espécie Cairina moschata, na cidade de Pará de Minas, no estado de Minas Gerais. Segundo o Mapa, a detecção de um novo subtipo do vírus não tem relação com os focos confirmados em aves silvestres nos outros estados. Além disso, não requer a aplicação de medidas emergenciais.
Os primeiros casos de influenza aviária no país foram registrados em aves silvestres no dia 15 de maio. O Ministério da Saúde destaca que, até o momento, não foram confirmados casos de gripe aviária em humanos no país.
Risco de transmissão entre humanos é baixo
Os vírus influenza, causadores da gripe, normalmente circulam entre animais, mas também podem infectar humanos. Em geral, o contágio de humanos acontece principalmente pelo contato direto com animais infectados ou ambientes contaminados.
A infecção pode causar doenças que variam de infecção leve do trato respiratório superior, como o nariz, laringe e faringe, a quadros mais graves que podem ser fatais. Pacientes também podem apresentar sinais de conjuntivite, sintomas gastrointestinais e inflamação do cérebro.
O diagnóstico para definir de influenza é realizado a partir de testes de laboratório, como acontece com a Covid-19. O diagnóstico molecular, que consiste na realização do sequenciamento genômico do vírus, permite identificar a cepa viral envolvida em cada caso.
Evidências sugerem que alguns medicamentos antivirais, principalmente os inibidores de uma enzima chamada neuraminidase (como o oseltamivir e o zanamivir), podem reduzir a duração da replicação viral e melhorar o quadro dos pacientes.
Atualmente os principais fatores que contribuem para a transmissão da influenza aviária são a exposição direta a aves silvestres infectadas, o intenso fluxo de pessoas e mercadorias em todo o mundo, e a venda de aves vivas em mercados e feiras, que facilita o contato próximos entre diferentes espécies e outros animais.
Com base nas informações disponíveis, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera as detecções de vírus da gripe aviária entre humanos esporádicas, sem evidências de transmissão de pessoa para pessoa até o momento. Por isso, a probabilidade de propagação internacional da doença por meio de humanos é considerada baixa.
Fonte: CNN
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