A Abia, Associação Brasileira da Indústria de Alimentos e Bebidas apresentou o saldo desse setor através do seu presidente executivo João Dornellas. Esse setor representa 25% do total da indústria brasileira e processa 58% de toda a produção agropecuária do País.
Ou seja, a indústria de alimentos e bebidas do Brasil é o cliente número 1 das produtoras e produtores rurais nacionais. Em 2022, esse macro setor representou 10,8% do PIB, atingindo um movimento econômico de R$ 1,07 trilhão. O mercado interno respondeu por R$ 771 bilhões, e as exportações somaram R$ 304,4 bilhões.
Grande parte desse montante é exatamente alimentos que faturaram R$ 898,4 bilhões em 2022.
O setor enfrentou custos elevados em 2022, onde embalagens cresceram 30%, petróleo 40,5%, gás natural 30%. Na área das commodities, a variação de preços no acumulado de 12 meses entre 2022 X 2021, o café subiu 24%, óleo de palma 13%, soja 11%, açúcar 7%, trigo 20%, leite 24%, enquanto o milho teve uma redução no período de -4%. Em síntese, a indústria teve um custo médio superior de 15% no período, e os preços ao consumidor se elevaram em 11,6%.
72% dos alimentos e bebidas processados no País ficam no mercado interno, 28% para exportações, significando 17,6% do total das exportações do País, isso envolve US$ 59 bilhões de produtos industrializados, exportados para 190 países. João Dornellas afirma: “somos o 2º maior exportador mundial de alimentos industrializados, produzimos a paz alimentando o mundo“. Essa área agroindustrial soma mais de 1,8 milhão de empregos no país e também em 2022 ofereceu mais 58 mil vagas sobre 2021.
É muito importante sempre que abordamos o conceito de agronegócio, necessariamente incluir a industria de alimentos e bebidas, por ser o maior cliente da agropecuária, pela sua importância na agregação de valor, geração de empregos e investimentos, e pela sua relevância no sistema de agronegócio que, reunidas as suas partes, representam cerca de 30% do PIB brasileiro.
Precisaremos cada vez mais de marcas e de marketing, além de acesso a novos mercados e clientes internacionais, e também atuar com comunicação educativa para os ataques que o alimento industrializado sofre, o que não procede por seguirmos rigores de lei e de processos internacionais. Brasil, além de celeiro do mundo, o super mercado do mundo.
Fonte: A Tarde
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