“Tem certeza?” – foi o que me perguntou ontem um membro do Clube Premier, que tem contrato para entregar cozinhas industriais em janeiro e fevereiro. Minha resposta foi: “Sim, tenho. Prepare-se, porque o que vem pela frente é inédito. As análises que fazemos com auxílio de estatísticos indicam que poderemos ter o início do ano com o menor volume de Feijão em estoque da história. Portanto, minha sugestão foi: compre agora, suspenda as férias do setor de compras e busque comprar o que puder”.
“Nunca vi algo assim”. Até poucos dias, eram os produtores que falavam sobre o clima e o efeito nas lavouras, seja no Sul, com excesso de chuvas, ou no Centro-Oeste e Sudeste, com a falta de chuvas. No entanto, agora chegou a vez dos comerciantes, e não é para menos. Primeiro, diversos estão antecipando a parada final do ano. Outros já suspenderam a venda, por exemplo, de Feijão-preto. E neste Feijão reside a maior dificuldade de conseguir lotes. Quem esperava que já no início desta semana fosse possível comprar bons volumes abaixo de R$ 300 está tendo enorme dificuldade. O menor valor reportado neste início da semana foi, por boa mercadoria, os R$ 300 ou inéditos US$ 61 por saca.
No início deste ano, o impacto do menor volume produzido pelo Feijão-carioca foi atenuado pelo Feijão-preto, que estava com preços menores. A venda do Feijão-preto chegou a bater recordes em empacotadores e também em supermercados em diversas regiões do país.
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