Dados da Secex mostram que as importações brasileiras de lácteos aumentaram 2,8% de dezembro para janeiro, totalizando 156,9 milhões de litros em equivalente leite. Este volume é 2,3 maior que o registrado em janeiro/22. Por outro lado, as exportações recuaram 30,1%, somando apenas 5,7 mil litros em equivalente leite – quantidade 63,1% menor que a do mesmo período de 2022.
Com isso, o déficit da balança comercial de lácteos brasileiro ficou próximo de 151,2 milhões de litros em equivalente leite em janeiro, sendo 6,78 milhões de litros em equivalente leite a mais que no mês anterior. Em termos de receita, o saldo foi negativo, em US$ 70,2 milhões, com aumento de 9,4%.
A oferta interna limitada, as valorizações internas do leite e dos lácteos, o recuo do dólar no primeiro mês do ano e os preços externos mais competitivos elevaram as importações em janeiro. Houve alta de 21,3% na importação de queijos – que representaram 16,2% do total internalizado. Já o preço médio dos queijos importados caiu 9,4%, chegando a US$ 8,14/kg.
A categoria de leites em pó, por sua vez, continuou representando a maior parte das importações (83% do total). Contudo, as compras externas dos leites em pó em janeiro caíram 0,27% em relação ao mês anterior, devido à retração de 22,3% nas compras de leite em pó desnatado (que somaram 42,5 milhões de litros em equivalente leite) – ainda que as compras de leite em pó integral (83,7 milhões de litros em equivalente leite) tenham subido 14,7%. Na média, o preço médio dos leites em pó importados caiu 2,5%, fechando janeiro a US$ 3,68/kg.
Já em relação às exportações, os envios de queijos, que representaram 36,5% dos embarques de lácteos, recuaram 19,5%. As vendas de leite condessado, responsáveis por 35,7% do total, caíram 37,4%.
As vendas de creme de leite recuaram 16,7% na variação mensal e as de leite em pó, 83%. Os embarques de leite fluido, que representaram 7,2% do total das exportações, foram os únicos que tiveram alta, de 72%. A expectativa de agentes de mercado é de que os preços externos subam em fevereiro, mas as importações podem seguir aquecidas, devido à maior competitividade do valor internacional. Por outro lado, a limitada produção no campo e os preços mais elevados ao longo de toda cadeia também podem desestimular as exportações dos lácteos brasileiros.
Fonte: Cepea
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