O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que a política de preços dos combustíveis praticada pela Petrobras irá mudar após reunião do conselho da empresa, no fim de abril.
A políta hoje é baseada no mercado externo, o que não irá mais acontecer. Assim, a estatal vai passar a considerar o mercado nacional, o que deve provocar uma redução entre R$ 0,22 e R$ 0,25 no preço do diesel. Não foram anunciadas as possíveis reduções em outros combustíveis, como a gasolina e o etano
“O tal PPI [Preço por Paridade de Importação] é um verdadeiro absurdo. Nós temos que ter o que eu tenho chamado de PCI, Preço de Competitividade Interno”, disse em entrevista ao programa Conexão GloboNews.
O PPI foi implementado durante o governo Temer em 2016 e mantido durante todo o governo Bolsonaro. A política está submetida ao critério de paridade internacional, que faz o preço dos combustíveis variar de acordo com a cotação do barril de petróleo no mercado internacional e das oscilações do dólar.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é crítico da política e prometeu a alteração ainda durante a campanha presidencial. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, indicado por Lula, já afirmou que as diretrizes precisam ser definida pelo governo, e não pela compahia.
De acordo com Silveira, a empresa vai voltar a ter função de amortecimento para diminuir o impacto de crises internacionais no preço dos combustíveis nas refinarias brasileiras.
“A Petrobras vai continuar sendo respeitada na sua governança, vai continuar sendo respeitada na sua natureza jurídica. Mas nós vamos exigir da Petrobras, como controladores da Petrobras, que ela respeite o povo brasileiro. Que ela cumpra o que está nas Lei das Estatais e na Constituição Federal, sua função estatal, que é criar um colchão de amortecimento nessas crises internacionais de preço dos combustíveis”, disse.
“Isso vai resolver o problema definitivo quando a gente tiver uma crise internacional? Não. Não vamos iludir ninguém, nós vamos estar sempre suscetíveis às questões da volatilidade internacional. Mas a Petrobras tem sim muito para poder contribuir com a questão social brasileira”, continuou.
Fonte: A tarde
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