E lá se foram os confetes, as serpentinas e os blocos de rua. O calor da folia deu lugar à ressaca da quarta-feira de cinzas e, para muitos, ao início oficial do ano. Sim, porque no Brasil, segundo os doutores da lei da procrastinação, o calendário só entra em funcionamento após o reinado de Momo. Mas não se preocupem, porque se o Carnaval acabou, a diversão e o calor das emoções políticas estão apenas começando. E nada melhor para aquecer esse retorno à realidade do que o Pinga Fogo mais quente do sul e extremo sul da Bahia!
Enquanto alguns ainda tentam digerir os excessos da folia, outros já estão afiando as línguas e preparando a arena para o grande espetáculo do Pinga Fogo. Promessas que se arrastam desde a eleição, dívidas não pagas, cargos disputados e aquele festival de discursos inflamados e debates acalorados que fazem qualquer micareta parecer brincadeira de criança.
Para quem achava que o calor do verão ia embora com o Carnaval, está muito enganado. O fogo promete ser alto, e os estopins estão mais curtos do que nunca. Entre as danças das cadeiras dos cargos, os abraços falsos e as alianças improváveis, o Pinga Fogo promete ser um verdadeiro desfile de escola de samba, onde o enredo principal é “Quem mente melhor ganha a nota dez”.
E por falar em enredo, a bateria da insatisfação popular já começa a rufar. Afinal, o povo não esquece as promessas feitas em palanques embalados pela euforia eleitoral. A pipoca está pronta, os camarotes estão ocupados e os espectadores aguardam ansiosos pelos lances desse embate que promete sacudir a política local.
Então, preparem seus tamborins, afiem as críticas e acomodem-se, porque a folia política está só começando. E no calor do Pinga Fogo, quem não souber sambar direito corre sérios riscos de tropeçar no próprio discurso. O ano começou de vez, e agora é cada um por si e o eleitor por todos!
Por: Alirio junior/JNHOJE
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