Os preços do petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira (8), após três sessões consecutivas de queda, à medida que se dissipa o impacto do anúncio de um uso maciço de reservas de petróleo por parte de vários grandes consumidores.
O preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em junho subiu 2,18% em Londres, fechando a US$ 102,78.
Enquanto isso, em Nova York, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para entrega em maio subiu 2,32% e fechou a US$ 98,26.
Os preços subiram com força ao final do dia e o WTI se aproximou, inclusive, dos US$ 100 barril.
Para Andy Lipow, da Lipow Oil Associates, a alta desta sexta se deveu a compras de cobertura de operadores que apostaram na queda dos preços.
Com a aproximação do fim de semana e “com o aumento da violência” na Ucrânia, estes especuladores não quiseram ficar expostos em um evento que pudesse impulsionar repentinamente os preços quando o mercado voltar a operar.
A Ucrânia teme uma ofensiva russa no leste do país nas próximas horas.
O mercado operou boa parte da semana ao sabor da perspectiva do uso de reservas estratégicas por parte de países da Agência Internacional de Energia (AIE) por um volume de até 240 milhões de barris, ao que se somou um fortalecimento do dólar — que encarece o barril para investimentos em outras moedas — e confinamentos maciços na China que poderiam afetar a economia.
Segundo os analistas da JPMorgan, a produção russa de petróleo “parece dar os primeiros sinais de enfraquecimento”. Passou de 10,6 milhões de barris diários a 11 milhões, segundo o banco.
De acordo com a JPMorgan, esta queda poderia se dever à “dificuldade de encontrar compradores” para o petróleo russo.
Fonte: France Presse
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