O PIB (Produto Interno Bruto) per capita baiano, valor do PIB dividido pela população estimada para o estado, ficou em R$ 23.530,94 no ano de 2021, segundo dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira (17). O valor mantém a Bahia na 10ª posição mais baixa entre as 27 unidades da Federação e continuou bem menor (-44,3%) do que o do Brasil (R$ 42.247,52).
Apesar de se manter baixo em relação ao Brasil, a Bahia continua com o maior PIB per capita do Nordeste, posição que havia alcançado em 2020. Nove dos dez estados com menores PIB per capita são do Nordeste, puxados, em 2021, por Maranhão (R$ 17.471,85), Paraíba (R$ 19.081,81) e Piauí (R$ 19.465,69).
O PIB da Bahia para o ano de 2021 foi estimado em R$ 352,618 bilhões, dos quais R$ 307,324 bilhões equivalem ao valor adicionado bruto (renda líquida gerada pelas atividades econômicas) e R$ 45,294 bilhões são referentes aos impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos. Com esse resultado, a economia baiana cresceu 3,0% em volume (descontados os efeitos dos preços) frente a 2020, ano do maior impacto econômico causado pela pandemia de Covid-19, quando o PIB do estado havia recuado -4,4%. Como já havia ocorrido entre 2018 e 2019 e entre 2019 e 2020, o PIB da Bahia apresentou, entre 2020 e 2021, um desempenho inferior ao do Brasil, com o 7º pior resultado entre os 27 estados. A Bahia foi um dos três únicos estados brasileiros que não tiveram, em 2021, um resultado que superasse a retração econômica do primeiro ano da pandemia, mas foi, dos três, o que registrou a maior distância entre o resultado negativo e o positivo.
Entre os anos de 2002 e 2021, a Bahia avançou, em média, 1,8% ao ano em seu PIB. O crescimento acumulado do PIB baiano foi de 40,5%. Estando abaixo do verificado no país, que cresceu, em média, 2,1% ao ano entre 2002 e 2021, a Bahia é o 4º menor entre as 27 unidades da Federação e o 2º menor do Nordeste. Ficando acima apenas dos avanços no Rio de Janeiro (26,9% no acumulado entre 2002 e 2021, com uma média de 1,3% ao ano), Rio Grande do Sul (35,8% no acumulado e média anual de 1,6%) e Rio Grande do Norte (39,6% no acumulado e média de 1,8% ao ano).
Três setores, entre 2020 e 2021, apresentaram crescimento em volume: agropecuária (7,3%), serviços (4,2%) e a indústria, que teve uma segunda retração consecutiva (-1,6%) e mais intensa do que a verificada na passagem de 2019 para 2020 (que havia sido de -0,4%). A agropecuária mostra um segundo crescimento seguido e gerou um valor de R$ 34,1 bilhões em 2021, o que fez a atividade representar 11,1% do valor adicionado total gerado na Bahia (PIB menos impostos).
O setor de serviços gerou um valor adicionado bruto de R$ 196,8 bilhões e, embora continue representando a maior fatia na Economia do estado, seguiu perdendo participação no valor adicionado total do PIB baiano, de 67,4% em 2020 para 64,0% em 2021, o menor patamar em 16 anos, quando em 2005 representava 63,0%. Já a indústria baiana apresentou uma segunda retração consecutiva em 2021 (-1,6%), mais intensa do que a registrada entre 2020 e 2021 (-0,4%), gerando um valor adicionado de R$ 76,5 bilhões. Apesar da queda em volume (descontados os efeitos dos preços), o setor foi o que mais ganhou participação no valor gerado pela Economia do estado (que incorpora os efeitos dos preços), saindo de 22,2% em 2020 para 24,9% em 2021.
Fonte: Rede Bahia
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