O Bahia perdeu por 3 a 0 para o Bahia de Feira na noite desta quarta-feira (12), na Arena Cajueiro, em Feira de Santana, e deu adeus ao Campeonato Baiano nas semifinais. Uma das principais perguntas após a partida foi o motivo do técnico Cláudio Prates promover Raniele na lateral direita no lugar de Douglas Borel. Segundo o treinador, o jogador que vinha sendo titular sentiu as últimas partidas e Raniele tinha experiência na posição.
“Borel sentiu muito esses dois jogos seguidos. Teve cãibra nos dois jogos, logo no começo do segundo tempo. A gente sabia da dificuldade que teria em relação ao campo. E, obviamente, pela volta do Cazumba, que é um cara que dá muito volante pelo lado. Então o que o Raniele sofreu o Luis sofreria, o Borel sofreria. Só foi uma opção, porque o Raniele jogou todo um Paulista de lateral-direito. É, teoricamente, um dos jogadores mais experientes que a gente tem no elenco. E daria consistência ali. São as escolhas que o futebol tem que ter. Se ele faz o gol ou dá o passe no momento de finalizar, a bola foi na mão do goleiro, a gente não estaria conversando isso. Então são opções. Infelizmente, o Borel não conseguiu, pela juventude dele… Vai ser um menino que tem a crescer. Dar uma sequência, que seria o natural do jogo, ele voltaria para dentro. Foi essa a opção”, explicou.
Diante de muitas atuações contestadas e o fim do sonho do tetra no estadual, Prates revelou que o projeto do time de transição deve passar por mudanças.
“O que a gente já vinha conversando há um tempo atrás com a diretoria, também com o Jayme Brandão, que está sempre à frente do processo da transição, era sobre repensar, após o fim do campeonato. A gente vinha sabendo, e não éramos só nós. A torcida e, internamente, a gente sabia de algumas deficiências que tinha, mas fazia parte do processo dar experiência a jovens jogadores. Neste aspecto, continuamos o projeto. Mas sabendo que, se chegasse a uma final ou não chegasse a uma final, a gente teria que, obviamente, fazer alguns ajustes dentro do percurso. É cedo ainda, está todo mundo de cabeça quente, muito triste pela eliminação. Mas, obviamente, isso já foi conversado antes com a diretoria”, explicou.
O treinador assumiu a responsabilidade pela eliminação.
“Nunca a culpa vai ser dos atletas. eu me considero sempre à frente do processo. São escolhas. A gente fez escolhas hoje exatamente pelos problemas que tivemos durante a semana. Os jogadores que estavam mais equilibrados fisicamente, porque sabemos da pressão que a gente sofre aqui, é a mesma que o Bahia dá em casa. Então sempre a responsabilidade é do treinador. Com certeza, hoje também será”, finalizou.
O time de aspirantes do Bahia agora foca no Campeonato Brasileiro da categoria. A estreia do Tricolor será contra o Vitória, no dia 10 de junho.
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Fonte: Bahia Notícias
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