O mercado brasileiro de soja teve um dia de poucos negócios e de preços regionalizados, mas nominais. Os preços subiram bem no início do dia, acompanhando a valorização do dólar. Mas depois que Chicago aprofundou as perdas, o vendedor se recolheu e as cotações voltaram.
– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos permaneceu em R$ 184,00
– Região das Missões: a cotação seguiu em R$ 183,00
– Porto de Rio Grande: o preço estabilizou em R$ 188,00
– Cascavel (PR): o preço subiu de R$ 176,50 para R$ 177,50 a saca
– Porto de Paranaguá (PR): a saca avançou de R$ 182,00 para R$ 183,00
– Rondonópolis (MT): a saca aumentou de R$ 171,00 para R$ 174,50
– Dourados (MS): a cotação baixou de R$ 170,00 para R$ 167,00
– Rio Verde (GO): a saca passou de R$ 167,00 para R$ 170,00
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços acentuadamente mais baixos. A decisão da Suprema Corte estadunidense contrária ao setor de biocombustíveis acentuou o movimento de realização de lucros, após os fortes ganhos da semana passada.
O mercado também avaliou os dados de inspeção de exportação dos Estados Unidos e se posicionou frente ao relatório de janeiro do Departamento de Agricultura norte-americano, o USDA, que será divulgado na quarta (12).
A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou, nesta segunda-feira (10), a oferta de um grupo da indústria para reviver uma decisão feita pela Agência de Proteção Ambiental (EPA) do ex-presidente Donald Trump para permitir a expansão das vendas de gasolina que tem uma mistura de etanol mais elevada, chamada E15.
A ação dos ministros foi um golpe na indústria do etanol, que quer aumentar as vendas e o acesso ao E15. A Growth Energy, um grupo da indústria de biocombustíveis que entrou com uma petição pedindo aos juízes que revisassem a decisão de um tribunal de primeira instância desocupando a política E15 da administração Trump, expressou desapontamento com a decisão da Suprema Corte.
O USDA deve elevar as suas estimativas para os estoques de passagem e para a safra de soja dos Estados Unidos em 2021/22. Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques de 349 milhões de bushels, contra 340 milhões de bushels indicados no relatório de dezembro. Para a safra, a previsão é de elevação para 4,435 bilhões, contra 4,425 bilhões do mês passado.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2021/22 de 99,3 milhões de toneladas, contra 102 milhões estimados em dezembro.
Os estoques trimestrais norte-americanos de soja na posição 1o de dezembro deverão ficar acima do número indicado pelo Departamento em igual período do ano anterior.
A projeção é de analistas e corretores entrevistados pelas agências internacionais, que indicam estoques trimestrais de 3,11 bilhões de bushels. O relatório trimestral será divulgado às 14hs, nesta quarta, 12. Em igual período do ano anterior, o número era de 2,947 bilhões de bushels. Em 1 de setembro, data do relatório anterior, os estoques estavam em 256 milhões de bushels.
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 25,50 centavos de dólar por bushel ou 1,8% a US$ 13,84 3/4 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 13,93 3/4 por bushel, com recuo de 25,00 centavos ou 1,76%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 8,70 ou 2,04% a US$ 416,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 58,03 centavos de dólar, com baixa de 0,75 centavo ou 1,27%.
Câmbio
O dólar comercial fechou em R$ 5,6740, com alta de 0,74%. A moeda norte-americana foi pressionada durante toda a sessão pelo iminente aumento dos juros nos Estados Unidos, além do anúncio da inflação no Brasil e Estados
Unidos, referente a dezembro, que acontece amanhã e quarta, respectivamente.
Fonte: Canal Rural
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