Uma aldeia onde tradições ancestrais e preservação ambiental se entrelaçam. A Aldeia Pataxó KAÍ, localizada em Prado, Extremo Sul da Bahia, foi o cenário das atividades do segundo dia da 21ª Semana Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCT), que aconteceu nesta segunda-feira (14), conectando os saberes indígenas à preservação do bioma Mata Atlântica.
Em um ambiente que valoriza tanto a natureza quanto a cultura, os participantes discutiram o papel das comunidades tradicionais e povos originários na sustentabilidade.
As atividades do dia incluíram rituais indígenas, debates sobre a ciência na ótica do povo Pataxó, e apresentações das escolas indígenas da região, reforçando o papel central da comunidade na proteção do bioma Mata Atlântica. A SNCT, que segue até o dia 18 de outubro com eventos em várias regiões da Bahia, aborda o tema “Biomas do Brasil: diversidade, saberes tradicionais e tecnologias sociais”. A programação completa está disponível no site ba.gov.br/secti.
Segundo a diretora de Políticas e Programas da Secti, Sahada Luedy, as atividades da 21ª SNCT na Aldeia Pataxó KAÍ refletem o compromisso com o debate sobre os saberes tradicionais e a preservação dos biomas.
“É um momento em que vamos debater e conhecer os saberes tradicionais para o bioma Mata Atlântica na visão do povo pataxó. Então, é um momento ímpar e muito emocionante estar aqui na Aldeia KAÍ com todos os indígenas que começam a chegar para a gente debater esse tema. São saberes tradicionais ajudando a ciência e tecnologia”, afirma.
O secretário municipal de desenvolvimento indígena de Prado, Ricardo Oliveira, destaca a importância da SNCT para as comunidades indígenas da região. “Hoje, nós estamos na Aldeia KAÍ com a SNCT. É um momento muito importante para a Terra Indígena Barra Velha. É o momento de fazer as discussões e também o desenvolvimento das comunidades indígenas sobre a Semana de Ciência e Tecnologia aqui na comunidade da Aldeia Kaí e nos dois territórios indígenas”.
Entre os parceiros da Secti no evento estão o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), as Secretarias da Educação (Sec), Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi), Meio Ambiente (Sema), Desenvolvimento Rural (SDR), Cultura (Secult), Turismo (Setur), além das Universidades de Feira de Santana (Uefs), do Sudoeste da Bahia (Uesb) e do Estado da Bahia (Uneb).
Outros apoiadores são a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), Instituto Anísio Teixeira (IAT), Museu de Arte Contemporânea (MAC), Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
Fonte: Ascom/Secti
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