O mercado da soja segue recuando na Bolsa de Chicago, mas vai intensificando suas perdas no início da tarde desta terça-feira (15). As cotações cediam entre 10,25 e 14,75 pontos entre os principais vencimentos, por volta de 13h15 (horário de Brasília), com o novembro sendo cotado a US$ 13,11 e o março a US$ 13,25 por bushel. Os futuros da oleaginosa acompanham perdas intensas também que se registram entre os preços do milho e, principalmente, do trigo.
Além das baixas nos mercados vizinhos, as cotações sentem também o peso da melhora observada e indicada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu boletim semanal de acompanhamento de safras reportado no final da tarde de ontem.
O índice das lavouras da oleaginosa classificadas como boas ou excelentes foi a 59%, contra 54% da semana anterior. São ainda 29% dos campos em condições regulares e 12% em condições ruins ou muito ruins. Há uma semana, estes números eram de 32% e 12%.
O mercado segue monitorando a conclusão da safra americana, a demanda pela soja dos EUA – que tem estado bastante forte nas últimas semanas – e, aos poucos, dando espaço também às informações que chegam da América do Sul para o plantio da nova safra que começa em menos de um mês.
Ainda nesta terça, os mercados sentem também a pressão vinda das preocupações com os dados que reforçam a fraqueza da economia da China. O Banco Central da China, sem qualquer sinalização ou aviso prévio, cortou um conjunto de taxas de juros importantes e seguiu com cortes em outras taxas frente à dificuldade de recuperação de sua economia depois do Covid-19.
“Todos os principais indicadores de atividade ficaram abaixo das expectativas em julho, com a maioria estagnada ou quase sem expansão mensal. E com os problemas financeiros de incorporadoras como a Country Garden provavelmente pesando no mercado imobiliário no curto prazo, há um risco real de a economia cair em recessão, a menos que o suporte seja aumentado em breve”, explicou à Reuters Internacional, Julian Evans-Pritchard, economista da Capital Economics.
Assim, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, o mercado reflete uma combinação de fatores que pesa sobre os preços da soja com esta melhora das lavouras americanas, petróleo em queda e financeiro negativo.
Fonte: Notícias Agrícolas
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