Cinco universitários da Bahia trilham uma jornada de inovação para colocar em prática uma solução para a limpeza dos microplásticos nos oceanos. Um caminho que levou os jovens Antônio Rocha, Genilson Brito, Pedro Dantas, Ramon Santos e Thiago Barbosa de Salvador até Washington, com parada obrigatória na Agência Espacial Norte-Americana (Nasa). Durante a viagem, o grupo apresentou o projeto Ocean Ride, vencedor do prêmio Nasa International Space Apps Challenge de 2019, para engenheiros da Nasa, parceiros estratégicos e acadêmicos. A missão #PARTIUNASA, que levou o grupo até a capital americana de 13 a 25 de março, conta com o apoio da Suzano.
Os primeiros passos dessa missão começaram há quatro anos, durante a participação da equipe de estudantes da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Católica de Salvador (Ucsal) no hackaton Nasa Space Apps Challenge. O projeto Ocean Ride, dispositivo que retira os microplásticos dos oceanos por meio de corrente eletrostática, conquistou o primeiro lugar na categoria “Melhor uso de hardware”. Como prêmio, o quinteto ganhou uma visita à Nasa para apresentar pessoalmente o projeto vencedor, porém a pandemia adiou a premiação para março deste ano.
Junto com seus professores e mentores das universidades em que estudam, os jovens iniciaram a missão #PartiuNASA, arrecadando apoio e patrocínio para a viagem até Washington. A mobilização deu certo e a equipe Cafeína embarcou no dia 13 de março. Foi a concretização de um sonho, de acordo com o estudante de Administração da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e cofundador da equipe, Antônio Rocha. “Não tenho palavras que descrevam a sensação por todo o processo que a gente viveu. Desde o anúncio do triunfo, lá em 2020, ter que aguardar por conta da pandemia e agora estar lá, conversar com aquelas pessoas que a gente só conhecia por e-mail e cartas da NASA, conhecer outros campeões… Foi inexplicável e a ficha ainda está caindo”, contou.
A solução foi apresentada na principal sede administrativa da Agência Espacial Norte-Americana – Nasa Headquaters (Washington) – para os especialistas e outros vencedores do hackaton. O Ocean Ride chamou a atenção de pesquisadores, acadêmicos, estudantes e parceiros durante a viagem. Antônio, Genilson, Pedro, Ramon e Thiago também apresentaram o projeto para especialistas em microplásticos na Universidade Católica da América (Catholic University of America) e ainda em Nova York, no Consulado Brasileiro em um encontro com Leonardo Enge, Cônsul-Geral Adjunto e responsável pelos setores de Promoção Comercial e Investimentos, Agronegócio e Ciência e Tecnologia. Eles conheceram ainda pesquisadores e acadêmicos no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e na Harvard University, além de ter a oportunidade de compartilhar sua experiência com alunos de high school em Massachusetts.
De volta à Bahia, o grupo tem como meta rodar um protótipo funcional do dispositivo até dezembro. “A missão agora é fazer o Ocean Ride ganhar vida, varrendo os oceanos e recolhendo os microplásticos. Vamos nos dedicar ao máximo para isso. Inclusive, durante a missão na NASA, nós já encontramos algumas oportunidades de parcerias que podem nos ajudar a fazer isso”, explicou Antônio.
Apoio ao projeto
Segundo a mentora da equipe Cafeína e professora da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Isabel Sartori, a limpeza dos microplásticos dos oceanos é de interesse global. A apresentação de um protótipo viável e que pode ser desenvolvido é de extrema importância. “A ida do grupo para receber essa premiação internacional da NASA, a viabilidade disso, mostra um potencial de Salvador, da Bahia e do Brasil no desenvolvimento tecnológico de impacto. Esse apoio e articulação são essenciais para que isso venha a acontecer para mais alunos, mais projetos e para que a gente desenvolva a nossa comunidade com impacto tecnológico de transformação mundial”, destacou.
O Ocean Ride foi desenvolvido de forma a coletar os microplásticos por meio de um dispositivo acoplado em embarcações ou instalado em pontos estratégicos nos oceanos. A iniciativa inovadora tem grande afinidade com os direcionadores de cultura da Suzano. “O projeto desenvolvido pelos universitários está alinhado à nossa proposta de gerar e compartilhar valor, inovando para avançar e pensando grande e globalmente. A experiência desses jovens nos inspira e será uma referência para o desenvolvimento de projetos focados em ESG, que alinha proteção ao meio ambiente, desenvolvimento social e governança”, afirma Mariana Lisbôa, Head Global de Relações Corporativas da Suzano.
Sobre a Suzano – A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papel da América Latina e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras de origem renovável. Os produtos da companhia, que fazem parte da vida de mais de 2 bilhões de pessoas e abastecem mais de 100 países, incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, canudos e copos de papel, embalagens de papel, absorventes higiênicos e papel higiênico, entre outros. A Suzano é guiada pelo propósito de renovar a vida a partir da árvore. A inovabilidade, a busca da sustentabilidade por meio da inovação, orienta o trabalho da companhia no enfrentamento dos desafios da sociedade. Com 99 anos de história, a empresa tem ações negociadas nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais em www.suzano.com.br
Fonte: ASCOM – Suzano
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