Um estudo da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, publicado nesta segunda-feira (30), diz que altas temperaturas podem ocasionar em um crescimento de mortes até 2065 por doenças cardíacas graves, a exemplo do infarto ou acidente vascular cerebral (AVC).
Segundo publicação do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, os pesquisadores calculam que, de 70 a 90 dias por ano até 2065, a temperatura média das cidades deve ultrapassar os 32º.
O estudo disse que as mortes por doenças cardíacas relacionadas ao calor devem subir 2,6 vezes, alcançando os 4,3 mil óbitos anuais nos Estados Unidos. Os pesquisadores analisaram as estatísticas de aumento de temperatura nos EUA entre 2008 e 2019 e como elas impactam nas mortes por doenças cardíacas registradas no país.
Após a análise desses números foi projetado como seria o crescimento das mortes com as grandes temperaturas.
“O número de eventos cardiovasculares devido ao calor afeta uma pequena proporção de adultos, mas esta investigação mostra como é importante que aqueles com riscos subjacentes tomem medidas adicionais para evitar temperaturas extremas”, explica o médico Lawrence J. Fine, um dos autores do estudo, em comunicado à imprensa.
O estudo aponta ainda que idosos e pessoas e negras serão as maiores vítimas das mortes relacionadas ao aumento da temperatura. Dos 4,3 mil óbitos previstos nos EUA, por exemplo, 3,8 mil das vítimas estão nesta faixa populacional.
“Devido ao impacto desigual do calor extremo nas diferentes populações, essa é também uma questão de equidade na saúde e pode exacerbar as disparidades já existentes”, esclarece o cardiologista Sameed Khatana, autor principal do estudo, em um comunicado à imprensa.
Fonte: Bahia Notícias
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