A JBS anunciou ontem 6ª feira (18.mar.2022) o início da produção inteiramente nacional de fertilizantes. A companhia brasileira tem capacidade para fabricar até 150 mil toneladas por ano do produto no interior de São Paulo.
Para entrar no mercado de fertilizantes, a divisão de novos negócios da JBS criou a Campo Forte Fertilizantes, em Guaiçara, no interior de São Paulo. A operação recebeu um investimento de R$ 134 milhões.
Segundo a JBS, a Campo Forte produzirá fertilizantes orgânicos, organominerais e especiais a partir do aproveitamento de matérias-primas minerais e também de resíduos orgânicos gerados pelas outras atividades do grupo.
Em nota, a JBS disse que, dessa forma, “se tornará a primeira produtora brasileira de alimentos a utilizar resíduos gerados nas operações da companhia para fabricação de fertilizantes”. Afirmou ainda que a iniciativa reforça o propósito sustentável do grupo. Eis a íntegra da nota enviada à imprensa.
Guerra na Europa
Segundo a JBS, a Campo Forte Fertilizantes é “resultado de um estudo iniciado em 2016 para identificar como fazer o melhor aproveitamento de resíduos das operações”. A empresa, no entanto, foi lançada em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia, que ameaça o suprimento de fertilizantes no Brasil.
A Rússia é a principal fornecedora dos fertilizantes usados pelo agronegócio brasileiro. Por isso, o governo busca formas de suprir a demanda nacional diante do confronto na Europa.
A JBS não citou a guerra ao anunciar o início da produção de fertilizantes, mas disse que “irá ingressar em um mercado com potencial de crescimento e com oportunidade de ampliação da participação da produção nacional”.
“Hoje, 87% do volume de fertilizantes consumidos no Brasil são provenientes de importação. Isso traz uma grande oportunidade para expansão da empresa”, afirmou a diretora-executiva da JBS Novos Negócios, Susana Carvalho, na nota divulgada à imprensa.
A Campo Forte Fertilizantes atenderá tanto empresas, quanto consumidores finais. Mas inicialmente irá priorizar a venda de fertilizantes para produtores de soja, milho, café, cana-de-açúcar, hortofrutícolas, além de pastagens e florestas.
Fonte: Poder360
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