As primeiras remessas da vacina bivalente contra covid-19 chegaram à Bahia antes do Carnaval, mas 17 municípios ainda não iniciaram a aplicação do imunizante até esta terça-feira (28). Segundo a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), os dados são do Ministério da Saúde.
Nesta terça (28), a Sesab divulgou uma lista com 17 cidade baianas que não iniciado a aplicação. São elas: Ipupiara, Irajuba, Ituberá, Lafaiete Coutinho, Macarani, Malhada, Mansidão, Marcionílio Souza, Milagres, Mucuri, Novo Triunfo, Pé de Serra, Pilão Arcado, Planaltino, São Miguel das Matas, Saubara e Varzedo.
No entanto, de acordo com informações da TV Bahia, os municípios de Pilão Arcado, Saubara, Planaltino, Macarani, São Miguel das Matas, Mucuri, Pé de Serra e Mansidão, declararam que a imunização com a vacina bivalente já foi iniciada e que deve ter ocorrido algum erro no sistema da Saúde.
A Sesab ainda declarou que cada cidade é responsável pelo registro das pessoas vacinadas, e que cada município vive uma realidade diferente. “Às vezes, eles (os municípios) até registram, mas na hora de exportar não fazem adequadamente. quem usa sistema online já tem uma facilidade maior, já que usa sistema desktop para fazer a migração depois tem mais dificuldade. O que nós estamos chamando a atenção é que, até ontem, a gente tinha 20 municípios que ainda não tinham conseguido registrar as doses adequadamente no sistema oficial do Ministério da Saúde”, disse uma porta-voz da pasta.
Baixa adesão
A distribuição do imunizante entre os municípios do estado foi iniciada no dia 23 de fevereiro. As cerca de 1,2 milhão de doses destinadas à Bahia foram distribuídas para os municípios conforme critério populacional. No entanto, um mês após o início, menos de 300 mil baianos atenderam ao chamado e compareceram aos postos de vacinação para tomar o novo imunizante.
O número aponta que menos de 30% das mais de um milhão de doses disponibilizadas no estado desde fevereiro foram aplicadas.
Coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Vânia Rebouças atribui a baixa adesão popular a falsa sensação de segurança dos baianos em relação a doença que já matou mais de 31 mil pessoas no estado. “Estamos com essa baixa adesão. Já distribuímos mais de um milhão de doses da bivalente aqui no estado e, até o momento, menos de 300 mil se vacinaram. Atribuímos isso a falsa sensação de proteção, o que é um equívoco. É de extrema importância que as pessoas que compõem o público desta etapa compareçam aos locais de vacinação”, explica Rebouças.
A vacina bivalente, neste momento, é destinada ao público de 60 anos ou mais, pessoas vivendo em instituições de longa permanência a partir de 12 anos (ILP e RI) e seus trabalhadores, pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos de idade, indígenas, ribeirinhos e quilombolas (a partir de 12 anos de idade), gestantes e puérperas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos de idade), população privada de liberdade e adolescentes em medidas socioeducativas, além de funcionários do sistema de privação de liberdade.
As vacinas, segundo a coordenadora, têm a validade de 10 semanas depois de retirada dos ultra freezers. “Essa vacinação vem acontecendo de forma muito lenta nos municípios baianos e não queremos perder doses”, completa.
A Secretaria da Saúde do Estado informa que segue em contato com os municípios e realizando campanhas educativas com o intuito de sensibilizar a população e alavancar os índices vacinais na Bahia.
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