O dólar à vista fechou a quinta-feira em alta ante o real, em sintonia com o exterior, onde a moeda norte-americana também sustentava ganhos ante a maioria das moedas de países emergentes ou exportadores de commodities, em um dia de dados positivos sobre a economia norte-americana, mas virada das bolsas à tarde.
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,7590 reais na venda, com alta de 0,65%.
No mercado futuro de dólar, que encerra às 18h, o contrato da moeda norte-americana para agosto já registrava leves ganhos neste fim de tarde.
Na B3, às 17:22 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,18%, a 4,7510 reais.
Pela manhã, os dados econômicos positivos nos EUA afastaram a ideia de que o país poderia entrar em recessão em meio ao aperto monetário agressivo do Federal Reserve.
O Departamento de Comércio informou que as encomendas de bens de capital não relacionados à defesa, excluindo aeronaves, subiram 0,2% no mês passado. Economistas ouvidos pela Reuters previam queda de 0,1%.
Já o Produto Interno Bruto dos EUA aumentou a uma taxa anualizada de 2,4% no último trimestre. Economistas consultados pela Reuters previam expansão do PIB de 1,8%.
Os números deram força ao dólar ante outras divisas fortes, mas o real seguiu se fortalecendo durante boa parte da manhã, em meio ao otimismo dos investidores após a agência Fitch elevar a nota de crédito do Brasil, na quarta-feira.
Na cotação mínima do dia, registrada às 10h08, o dólar à vista atingiu 4,7085 reais (-0,41%).
Durante a tarde, no entanto, o cenário mudou no exterior. Os principais índices de ações dos EUA, que sustentavam ganhos, passaram a recuar, em meio a um movimento de realização de lucros dos investidores durante a temporada de balanços.
O dólar ampliou a alta ante as moedas fortes e passou a sustentar ganhos firmes ante a maioria das divisas de emergentes e exportadores de commodities, incluindo o real brasileiro.
“As bolsas norte-americanas viraram para o negativo e as moedas emergentes também sentiram isso”, comentou Cleber Alessie Machado, gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM.
Operador ouvido pela Reuters afirmou que o movimento de alta do dólar foi forte no fim da tarde, disparando ordens de stop (parada de perdas), o que intensificou o avanço das cotações no Brasil. Na máxima do dia, vista perto do fechamento, às 16h59, o dólar à vista atingiu 4,7595 reais (+0,66%).
No exterior, o dólar se mantinha em alta ante uma cesta de moedas fortes e em relação à maioria das divisas de emergentes e exportadores de commodities.
Às 17:22 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– subia 0,69%, a 101,800.
Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de setembro.
Fonte: Reuters
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