O governo de Israel confirmou que 137 pessoas ainda são feitas de reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza. O acordo entre o grupo islâmico e os israelenses foi encerrado nesta sexta-feira, 1, após o fim da trégua, a qual ambos se acusam de quebra de acordo. Iniciado no dia 24 de novembro, o pacto possibilitou a libertação de 105 reféns foram entregues, dos quais 81 são israelenses e 24 estrangeiros (23 tailandeses e um filipino). Entre os prisioneiros ainda mantidos pelo Hamas e outros grupos armados dentro do território estão 115 homens, 20 mulheres e duas crianças, de acordo com atualizações do gabinete do primeiro-ministro de Israel. Desses, dez são idosos com mais de 75 anos de idade. Após o rompimento da trégua, um porta-voz do gabinete disse que “o Hamas receberá agora o maior de todos os golpes” e culpou o grupo pela retomada das hostilidades na Faixa de Gaza, depois que se recusou a libertar mais reféns.
“Infelizmente, o Hamas decidiu encerrar a pausa ao não libertar todas as mulheres sequestradas. Tendo decidido manter nossas mulheres, o Hamas agora receberá a mãe de todos os golpes”, disse o porta-voz Eylon Levy. As duas crianças que continuam sequestradas são os irmãos Ariel, de quatro anos, e Kfir Bibas, com dez meses, respectivamente, juntamente com seus pais, Shiri Silverman Bibas – de origem argentina – e seu marido Yarden Bibas. Dois dias atrás, o Hamas divulgou uma declaração dizendo que Shiri e seus dois filhos haviam sido mortos em bombardeios israelenses, embora as Forças de Defesa de Israel (FDI) tenham dito que não conseguiu verificar essa informação. De acordo com o governo brasileiro, um carioca também é feito de refém pelo Hamas. Desde o início da guerra, foram libertados 110 prisioneiros, 86 israelenses e 24 estrangeiros.
De acordo com dados israelenses, sete pessoas ainda estão classificadas como desaparecidas após o ataque do Hamas em 7 de outubro, que deixou mais de 1.200 mortos e 240 sequestrados. Como parte do acordo de trégua expirada, Israel libertou 240 prisioneiros palestinos nos últimos sete dias, 71 mulheres e 169 adolescentes, todos acusados de terrorismo, mas sem crimes de sangue. O bombardeio da Faixa de Gaza, que recomeçou nesta sexta-feira, causou uma catástrofe humanitária sem precedentes, com mais de 15 mil mortos – mais de 70% deles mulheres, crianças e idosos -, além de cerca de 7 mil corpos ainda sob os escombros, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.
Fonte: Jovem Pan
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